segunda-feira, 14 de maio de 2012

Apare as arestas



É sempre muito difícil aparar as arestas. Se livrar daquilo que não te acrescenta mas que, de certa forma, te conforta, dói. É o tipo de dor necessária ao crescimento humano. Quem te quer, não te cozinha em banho maria. Quem te quer toma uma decisão. Sai na sua frente e toma a iniciativa de te chamar pra caminhar junto. Quem te quer não te esconde. Muito pelo contrário! Quem te quer, quer mostrar ao mundo que te conquistou! Quer ficar perto, quer te levar pra casa. Te apresenta à família e te leva aos céus. Quem te quer, não te enrola. Não perde tempo. Queira-se. Apare as arestas. Ame-se, trilhe seu caminho, siga sozinho. Apresente-se à família e leve-se para passear em público. Mostre ao mundo a sua luz. Ou apenas, apare as arestas.


sábado, 12 de maio de 2012





O mês das mães é dela de todos os jeitos porque hoje é o dia DELA. Todinho! Enfrentou céus, terras, trancos, barrancos em nome de um amor que eu ainda não entendo. É forte como uma rocha e frágil como um cristal. Chatas como só ela consegue ser. De uns tempos pra cá, resolveu que eu cresci e, de vez em quando, me esquece. Do jeito que, na adolescência, eu sempre pedi que ela fizesse. Ah, como eu era tola... Ela é grudenta como chicletinho e escorregadia como sabão. Contraditória como todas elas são. Quer enfrentar o mundo sozinha e "tem os peitos de aço". Não se acostuma com as tecnologias e parece não compreender as diferenças e fraquezas dos outros, ao mesmo tempo em que é super moderna e generosa como poucos nesse mundo. Ela é como um mar revolto: Assustador e lindo! E é minha. SÓ MINHA. 


Aeroclube de Salvador. Nov/2006

sábado, 10 de março de 2012

mais cores! \o/

As cores com as quais você pinta sua vida não me atraem. A minha é muito mais colorida. =D

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Enfim, a decisão.




Depois de pensar e repensar um milhão de vezes se se submeteria ou não a mudança tão brusca, ela decidiu. Precisou passar meses andando com os exames na bolsa e repetindo pra si mesma "assim que der, eu faço o exame!". Ela adiou o retorno ao médico por sete vezes. Ela ouviu pessoas dizendo que ela não precisava disso, que conseguiria sozinha. Mas, observando a felicidade de outras pessoas que passaram pelo mesmo dilema, ela finalmente decidiu. Ela queria aquele sorriso estampado no rosto. Ela queria aquela segurança. Ela queria aquela auto-confiança. Se ela precisa ou não disso, só o tempo irá dizer. Mas, agora, é o que ela quer fazer. E assim vai ser. 



sábado, 25 de fevereiro de 2012

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Tudo novo de novo!

Toda mulher se enche de planos e mudanças após o fim de um relacionamento. É o fim de um ciclo (muitas vezes, vicioso) e a vida merece novos rumos! Novos desafios, novas emoções, novas cores no cabelo, novos focos, novos amores...

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Tarde demais...






Quando você é rejeitada(o) por "culpa" dos seus quilos a mais (ou a menos), você leva uma vida pra se recuperar totalmente. Ou boa parte dela. Por mais forte que você seja, é difícil demais ouvir de quem você ama um "olha, você é tudo que eu sonhei na minha vida, só que na embalagem errada". E não interessa o quão "boa" seja a intenção dele(a) em te falar isso. Machuca, maltrata. E te deixa paranóica(o)! Te faz pensar que nada na tua vida vai funcionar se você não mudar. Te faz esquecer que é uma pessoa inteligente, competente, bem-humorada... Te faz esquecer de que você tem charme suficiente pra encantar qualquer pessoa. Te faz acreditar que as coisas só darão certo na sua vida, se você emagrecer (ou engordar). Esse "amor" tronxo que você recebe da pessoa por quem você daria a vida, te transforma numa pessoa insegura. Tão ou mais insegura do que ele(a). Porque é justamente isso. Um cara ou uma mulher que precisa que você se transforme para que ele possa te amar plenamente, só pode ser uma pessoa extremamente insegura. E o inseguro não admite ser inseguro sozinho, ele tem que plantar o terror na cabeça do outro. E não pense você que ele(a) faz isso por mal. É involuntário, ele(a) nem percebe! E só vê o estrago quando o tempo passa. E, passado o tempo, pode ser tarde para consertar as coisas.





domingo, 12 de fevereiro de 2012

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Por quê, Deus?


O diagnóstico é aterrorizante. Em qualquer idade. Em crianças, dói na alma. Mas, numa pessoa de 101 anos, te deixa sem chão, sem ar, sem o menor sentido de direção. E você pergunta a Deus por quê permitir que uma pessoa chegue tão longe e, já no final da jornada, lançar um desafio tão pesado como esse? Por quê? Afinal, pra quem é essa provação? Pra ele ou pra nós? Você não quer brigar com Deus mas, se vê sem saída. A sua fé é inabalável, até que Ele decide colocá-la em cheque. E aí, meu amigo, você balança. E balança mais ainda ao pensar que, mesmo se segurando na família e nos amigos, você vai enfrentar isso sozinho. E com um belo sorriso no rosto, porque o resto do mundo não tem absolutamente nada a ver com seus problemas! É você e sua dor. E só vocês. Ninguém pra dividir, ninguém pra te abraçar quando você acordar no meio da noite chorando, ninguém pra segurar tua mão e te dizer que tudo vai ficar bem, mesmo sem a menor ideia de que as coisas vão realmente ficar bem, ninguém pra te ouvir contar o sonho estranho da noite passada...   Ah, os sonhos! 


  

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Faxina




Hoje eu arrumei a casa. De verdade. E joguei fora um monte de coisas. Metade das suas coisas que, sabe Deus porquê estão aqui, foram pro lixo. Quase três anos depois eu consegui me livrar de metade das suas coisas. Uma parte de você que insiste em existir na minha vida. A outra metade são livros. Qualquer dia eles chegarão às suas mãos. Mas, eu preciso de mais tempo. Sempre fui mais lenta. Eu preciso do luto. Depois que ele passa, eu renasço. Como uma fênix, eu ressurjo das cinzas e volto à vida por completo. Mas, eu preciso de tempo. Sempre preciso de tempo. Eu preciso ter certeza de que a ferida cicatrizou. Como você sempre disse, tudo passa. E não é que passa mesmo? Obrigada por sempre ter razão. =)



sábado, 14 de janeiro de 2012

Respeito/Respect/Respekt/Respecto/Respecteren/Rispetto








       Uma discussão com um amigo na timeline me inspirou a escrever essas mal traçadas linhas. O tema era transexualidade. A troca de ideias começou após um comentário meu sobre uma história muito bonita apresentada no quadro Lata Velha, do Caldeirão do Huck, da Rede Globo. Um casal pra lá de diferente era o personagem de uma das maiores lições de amor que eu já vi na vida.


       Alex é divorciado, mora com a ex-esposa Maria, o filho dele e os dois filhos dela, e namora Alexandra há onze anos. A excentricidade poderia ter parado por aí mas, não. Alexandra é transexual. E Alex é completamente apaixonado por ela. E isso é lindo! Não falo só da beleza do amor, que já é algo gigantesco e glorioso. Falo da beleza do amor ao que é diferente. Para Alex, Alexandra nasceu com uma deformidade. E só. Ele enxergou naquela mulher diferente, a pessoa que ele queria ter ao lado pela vida inteira.  

       Ok, já disse do que se tratava o assunto. Agora vamos à discussão. No twitter, o amigo perguntou se era a história em que "ele é ela". Como assim, "ele é ela"? Ela é ELA. É uma mulher. Emocionalmente, Alexandra é uma mulher. E presa no corpo de um homem. Alguém consegue imaginar o quão desesperador deve ser nascer no corpo errado? Porque, se você nasce no lugar errado, você pode ir embora. Se você nasce na classe social errada, você pode subir ou descer. E quando você nasce no corpo errado? O que é que você vai fazer? 

       Mas, quem disse que essa alteração é só em caso de transexualismo? Eu posso citar aqui diversos casos de pessoas que nasceram em corpos errados que eu conheci na terapia. Eu sou um deles. Não, não sou transexual. Eu sofro de transtorno alimentar. Algo tão grave quanto o transexualismo e que, às vezes, pode ser solucionado com uma cirurgia, como no meu caso e dos transexuais. Mas, imagine as pessoas que sofrem de anorexia e bulimia ou de outro transtorno inoperável como TOC. 

       Imagine a dificuldade de enfrentar um problema desse porte e ainda assim, ter que arrumar forças para enfrentar o preconceito das pessoas. Porque essas não perdoam! Seria muito mais fácil chamar Alexandra, a mulher que me levou a escrever esse texto, de viadinho, bichinha e afins, do que enxergar que ela tem um problema e que tem que ser respeitada por isso. Assim como é bem mais fácil chamar alguém de anoréxica maluca, bulímica fresca, gorda sem vergonha na cara. Quantas vezes eu ouvi esse último?! Dentro de casa mesmo! E tinha que sorrir. Porque, mesmo com ódio do que tinha acabado de ouvir, eu devia respeito aos tios e tios/avós mais velhos que tinham acabado de me chamar de "gorda sem vergonha".

       Eu só quero deixar uma mensagem pra você, que está terminando esta leitura agora. Pense. Pense muito antes de chamar alguém do que quer que seja. Isso magoa. E pode causar a morte de alguém. Pessoas desesperadas não medem esforços para findar a dor que sentem. Umas morrem na tristeza, outras tantas resolvem dar fim a própria vida por não suportar mais conviver com o preconceito imbecil que assola a todos nós. Não seja indiretamente responsável pela morte de ninguém. Respeite. O fato de uma pessoa ser diferente não significa que ela seja um alienígena. A gente passa a vida toda querendo se destacar dos demais, querendo ser 'diferentes' e não conseguimos respeitar os realmente diferentes? Como é isso? Respeito não dói, não custa absolutamente nada e ainda vai fazer um bem danado a você mesmo.